Padovan ainda lembra que antes do super IPI, anunciado pelo governo em setembro de 2011 e que levou os preços de modelos importados a um aumento de 30 pontos percentuais, a fatia do total de vendas de veículos representada pela Abeiva era de, em média, 5,6%. Em agosto deste ano chegou aos 2,95%.
Apesar do ligeiro aumento no volume de vendas entre julho e agosto, o acumulado do ano mostra que preocupação por parte da entidade. Nos primeiros oito meses de 2012, as associadas do grupo alcançaram um total de 93.685 unidades vendidas contra 129.284 no mesmo período do ano passado. O número é 27,5% menor. Nos meses citados, o mercado total de veículos no Brasil apresentou um crescimento médio de 7%, com 2.289.733 unidades vendidas em comparação ao ano passado (2.233.851 unidades).
"À beira do colapso"
A valorização do dólar e o aumento do IPI para carros importados também provocou a demissão de 10 mil postos de trabalho entre as importadoras. Indagado sobre por onde as marcas começaram os cortes, o presidente da Abeiva foi claro: "É uma combinação. Algumas fecharam revendas, mas todas enxugaram custos para se enquadrar à nova realidade do mercado". O presidente ainda alertou que mais demissões podem estar por vir. "Se nada mudar, achamos que mais 5.000 pessoas serão demitidas, gerando um total de 15 mil demissões em 2012".
Os associados da entidade aguardam com ansiedade o desfecho do novo regime automotivo, que deve ser anunciado na próxima semana. Junto à divulgação, a entidade espera que o governo libere um sistema de cotas de importação para aliviar o peso do IPI maior para carros trazidos ao Brasil. A Abeiva espera que o sistema seja baseado no percentual do volume de modelos vendidos nos últimos anos pelas marcas associadas à entidade.
Fonte: Icarros
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