quarta-feira, 29 de agosto de 2012

País gastará US$ 58 bi com importação de gasolina em 2020, diz ministério

Com a previsão de um forte crescimento do consumo de gasolina, o governo estima que o país gastará US$ 58 bilhões ao ano com a importação do derivado de petróleo a partir de 2020.
O cálculo é do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antonio Martins. Tal dispêndio, diz, faz parte de um cenário traçado pelo ministério, que prevê um aumento de 4,5% do consumo de gasolina ao ano até 2020, sem a contrapartida da expansão da oferta nem do derivado nem de etanol.
"Temos de trabalhar para que esse cenário não se confirme", disse Martins.
Sem aumento da produção, afirma, haverá a necessidade de importação anual de 14 bilhões de litros de gasolina. "Achávamos que sempre teríamos superavit na gasolina, mas cresceu muito o consumo das classes mais baixas, que compraram carro, e isso mudou rapidamente o mercado."
Segundo Martins, os planos de investimento da Petrobras não consideravam tal mudança no padrão de consumo e a companhia planejou suas quatro novas refinarias (PE, RJ, MA e CE) prioritariamente para a produção de diesel, e não de gasolina.
O secretário disse que uma alternativa em estudo é deslocar a nafta a ser produzida nessas unidades para a fabricação de gasolina, mas tal possibilidade leva a um outro problema: o aumento do deficit na importação da nafta, principal matéria-prima petroquímica. (Fonte

Cooperativas paulistas se tornam maiores exportadoras

Exportações brasileiras somaram US$ 3,194 bilhões de janeiro a julho deste ano

De janeiro a julho deste ano, as exportações das cooperativas brasileiras foram de US$ 3,194 bilhões e houve retração de 2% sobre igual período no ano passado (US$ 3,259 bilhões). Nas importações, houve queda de 20,9%. As compras foram de US$ 148,9 milhões, no acumulado de 2011, para US$ 117,8 milhões, em 2012.
Com esses resultados, a balança comercial do setor registra saldo positivo de US$ US$ 3,076 bilhões, com diminuição de 1,1% em relação ao mesmo período de 2011 (US$ US$ 3,110 bilhões). A corrente de comércio (soma das exportações e importações) foi de US$ 3,312 bilhões, com recrudescimento de 2,8% em relação aos primeiros sete meses do ano passado (US$ 3,408 bilhões).
As cooperativas brasileiras exportaram para 129 países de janeiro a julho deste ano. No período, os principais mercados foram: China (vendas de US$ 470,6 milhões, representando 14,7% do total); Estados Unidos (US$ 351,9 milhões, 11%); Alemanha (US$ 198 milhões, 6,2%); Emirados Árabes Unidos (US$ 180,6 milhões, 5,7%); e Países Baixos (US$ 154,8 milhões, 4,8%).
Já os produtos mais vendidos, em valor, no período, foram: açúcar em bruto (com vendas de US$ 448,2 milhões, representando 14% do total exportado pelas cooperativas); soja em grãos (US$ 383,9 milhões, 12%); café em grãos (US$ 367,7 milhões, 11,5%); carne de frango (US$ 341 milhões, 10,7%); e farelo de soja (US$ 281,7 milhões, 8,8%).
São Paulo acumulou o maior volume em valor das exportações de cooperativas, com vendas de US$ 1,007 bilhão, representando 31,5% do total das exportações do segmento. As cooperativas paulistas ultrapassaram as paranaenses que mantinham o maior valor no acumula até junho. Até julho, o setor cooperativista paranaense exportou US$ 1,004 bilhão, com 31,4% do total. Na sequência, aparecem Minas Gerais (US$ 396,6 milhões, 12,4%); Rio Grande do Sul (US$ 209,6 milhões, 6,6%); Santa Catarina (US$ 209,3 milhões, 6,6%). (Fonte)

Brasil é o quarto maior exportador de armas e rifles no mundo


De acordo com uma pesquisa realizada pela entidade Small Arms Survey, baseada em dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a venda de armas fabricadas no Brasil dobrou em três anos. Esse número coloca o país como o quarto maior exportador de pistolas e rifles do mundo.

Segundo a entidade, as exportações brasileiras chegam a US$ 166 milhões. Um valor que triplicou desde 2004. A maior parte das armas se destina ao mercado americano, que completou dez anos como o maior importador.
Entretanto, o órgão afirma que o levantamento considera apenas o comércio legal. "O Brasil não relatou as exportações de armas militares, revólveres, pistolas, partes e acessórios e munições ao Contrade (base de dados da ONU) de 2009. Portanto, os valores dessas categorias, baseado nas informações de importadores, estão provavelmente subestimados." diz o estudo. (Fonte)

domingo, 12 de agosto de 2012

Funcionário público com alto salário lidera greve

Servidores que participam de paralisação têm salários iniciais em torno de 10.000 reais, mas podem chegar a 20.000 no topo da carreira

A série de paralisações que atinge serviços federais e desafia o governo da presidente Dilma Rousseff é protagonizada por servidores cujas carreiras têm salários iniciais em torno de 10.000 reais. Em algumas categorias, como a dos auditores fiscais da Receita Federal, essas cifras chegam perto dos 20.000 reais no topo da carreira.
Uma análise dos dados do Ministério do Planejamento mostra um pouco do que pode ser o impacto dos aumentos reivindicados pelos servidores na folha de pagamento. Mais da metade (53%) dos funcionários do Executivo ganha acima de 4.500 reais mensais -- 16,2% do total recebe mais de 10.500 reais, segundo números de abril de 2012. Menos de 20% (18,5%) dos servidores ganham até 3.000 reais no Poder.
Essas cifras, assinaladas no Boletim Estatístico de Pessoal de maio, incluem administração direta, fundações e autarquias, mas excluem o Ministério Público da União, Banco Central, empresas públicas e sociedades de economia mista. Apesar de pequenas variações -- a folha cresce vegetativamente todo mês --, são bem próximas do que ocorre hoje, segundo o Planejamento.
Um dos grupos mais fortemente mobilizados do movimento grevista, o funcionalismo das agências reguladoras recebe, no seu grupo de elite -- o cargo de especialista -- salários que, do início ao fim da carreira, vão de 10.019 reais a 17.479 reais. Nos postos de analista, a remuneração vai de 9.623 reais a 16.367 reais, e em postos de nível superior, varia de 7.285 reais a 12.131 reais. Profissionais de nível médio, com cargos de técnico administrativo, recebem de 4.760,18 reais a 7.664,76 reais.
O Sinagências, representante desses servidores, diz que há defasagem de 25% desde 2008 e pede a remuneração por subsídio, como nas carreiras jurídicas, na diplomacia e na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
(Com Agência Estado)

 

Greve da Receita gera R$ 30 milhões de perda

A greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que já dura quase um mês, somada à paralisação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), gerou, até agora, prejuízo de R$ 100 milhões às indústrias paulistas e, desse total, R$ 30 milhões são perdas de empresas do Grande ABC, estima o diretor de comércio  exterior da Fiesp (Federação da Indústria do Estado de São Paulo), Ricardo Martins.
O dirigente cita que esses valores se referem a despesas adicionais com armazenagem, a atrasos na entrega de mercadorias e a interrupções em linhas de produção por causa da falta de peças e insumos parados nos portos ou aeroportos. Ele acrescenta que, além dessas perdas, calcula-se que haja US$ 500 milhões em produtos no Estado de São Paulo que estão no aguardo de liberação da alfândega. "Para cada 15 dias que um contêiner fica parado em armazém no porto, paga-se R$ 2.000", exemplifica Martins.
E a tendência é de agravamento dos problemas. "Com a Anvisa a coisa piorou, mas agora com o Mapa (o Ministério da Agricultura e Pecuária, que entrou em greve na segunda-feira), radicalizou", disse o diretor. Isso porque, na chegada de material que tenha embalagem ou estrado de madeira, é preciso da anuência de técnicos do ministério, que certificam que não há contaminação (por exemplo, por fungo).
Wagner Rodrigues, sócio da IGW Despachos Aduaneiros, concorda. Ele cita que, hoje em dia, no Porto de Santos, declarações de importação em canal amarelo (quando se confere apenas a documentação pela Receita), o que levava cinco dias, leva de 12 a 13 dias. "Agora, com a Agricultura, a tendência é o caos", avalia.
LINHA DE MONTAGEM - Montadoras de veículos ouvidas pelo Diário relataram que, por enquanto, têm conseguido contornar as dificuldades e não têm sido afetadas por falta de peças na linha de montagem. Entretanto, a perspectiva é de que, em breve, isso comece a ocorrer, alerta o dirigente.
O empresário José Rufino, que tem fábrica em São Bernardo e é diretor do departamento de comércio exterior da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) no município, também avalia que o cenário é preocupante. "Começa a faltar peça de reposição", cita.
Ele acrescenta que as greves (e também operação padrão, quando os funcionários passam a vistoriar tudo que passa na alfândega) desses órgãos públicos estão afetando não apenas quem faz importação, mas também os exportadores. Sua empresa, que fabrica equipamentos de perfuração, tem produto encomendado a cliente no Chile que está parado na alfândega há vários dias. Em relação às perdas, ele diz que é difícil fazer estimativas. "É quase impossível calcular a perda quando a gente deixa de atender um cliente lá fora", observa.
A Fiesp não pretende entrar com mandado de segurança para que haja normalização da entrada de itens das indústrias. Isso porque, segundo Martins, nos Estados em que isso foi feito, os fiscais não estão respeitando os mandados.
GREVE - O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Fiscal) informou que os auditores fiscais vão fazer assembleia dia 15 e preparam série de paralisações de 48 horas, dias 22, 23, 28 e 29.
A categoria pede 30% de reajuste salarial, além de recomposição do quadro (contratações), atualmente formado por 11,5 mil auditores no País todo, dos quais 2.400 nas aduanas, nos portos, aeroportos e fronteiras.

Mais de 800 empresários participarão do Encomex Empresarial em Vitória

Brasília (8 de agosto) – Já estão inscritos 878 empresários para participar do Encontro de Comércio Exterior Empresarial (Encomex Empresarial), que acontece nesta quinta-feira (9/8), a partir das 9h, no Centro de Convenções, em Vitória, no Espírito Santo. O evento será aberto pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres, e contará com diversas autoridades de instituições parceiras na promoção do Encomex Empresarial.
O Encomex Empresarial tem por objetivo expandir a pauta brasileira de exportação em quantidade, qualidade e variedade de produtos, mercados de destino e empresas brasileiras no mercado internacional. A iniciativa parte do esforço de instituições públicas e privadas de fomentar o desenvolvimento da exportação nos setores de indústria, comércio, serviços, agropecuária e turismo, e de promover o acesso às informações sobre as políticas, ações e estruturas relacionadas ao comércio exterior.
A programação do evento é direcionada aos pequenos e médios empresários que têm oportunidade de solucionar suas dúvidas, ampliar conhecimentos, atualizar informações sobre o comércio exterior e acessar novos mercados para os seus produtos e serviços. As inscrições para o Encomex Empresarial Vitória podem ser feitas, gratuitamente, no site do Encomex (www.encomex.mdic.gov.br).
Os participantes terão acesso ao balcão de atendimento do MDIC (desk resolution). Haverá o encontro com especialistas em mercados (rodada com tradings), coordenado pela Apex-Brasil, e o encontro de negócios, organizado pelo Sebrae-ES. Estandes das instituições parceiras estarão instalados no evento para prestar atendimento aos interessados e haverá ainda uma exposição sobre o artesanato capixaba, promovida pelo Sebrae-ES.
Parceiros
O Encomex Empresarial Vitória é uma iniciativa da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, em parceria com o governo do estado do Espírito Santo. O evento conta com o patrocínio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil); do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); do Banco do Brasil (BB); do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); e da Caixa Econômica Federal (CEF).
O encontro possui também o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); do Ministério das Relações Exteriores (MRE); da Prefeitura de Vitória; da Companhia de Desenvolvimento de Vitória; da Prefeitura de Vila Velha; da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes); da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa); e do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
ascom@mdic.gov.br