A revista Economist desta semana chama atenção para o
fato de que o governo do Brasil aparentemente “acordou” para a
necessidade urgente de melhorar a infraestrutura do país, destacando
que, depois de anunciar projetos para ferrovias e aeroportos, o governo
Dilma decidiu incluiu os portos na lista.
A Economist lembra que as taxas portuárias do Brasil estão
entre as mais altas do mundo, ressaltando que os subornos e taxas que
têm que ser pagas a intermediários tornam o custo da circulação de
mercadorias pela via naval no Brasil ainda maior. Isso sem contar a
falta de manutenção e de investimentos.Dar um jeito nos portos é algo fundamental para o Brasil tentar
impulsionar o seu crescimento econômico, hoje “anêmico”. Mesmo o
agronegócio, umas das poucas áreas da economia brasileira que ainda
funcionam, diz a Economist, tem seus lucros corroídos pelos altos custos de transporte para as exportações das commodities.
A revista britânica alerta, entretanto, que que muitas vezes os
planos para melhorar a infraestrutura brasileira não saem do papel. Os
R$ 54 bilhões em investimentos nos portos anunciados pelo governo para
até 2017 representam 17 vezes o valor investido pelo Brasil na estrutura
portuária ao longo de toda a última década.
A Economist cita ainda um estudo recente realizado pela
empresa de consultoria Booz & Company que aponta a baixa
produtividade, a incerteza regulatória e uma estrutura de gestão confusa
como as grandes barreiras a serem superadas para melhorar os portos
brasileiros.
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